Anna Maria Del Balzo, religiosa e popularmente conhecida como Irmã Agostina, é um daqueles típicos casos de pessoas que vêm ao mundo para uma missão, para algo especial, divino e além da nossa compreensão: transformar as vidas de pessoas, sem esperar nada em troca, sendo um Evangelho Vivo no meio do povo! 

Sem exceção, todos aqueles que tiveram contato com a Irmã, seja direta ou indiretamente, tiveram as suas vidas transformadas.

Missionária italiana da Congregação Religiosa “Irmãs Estigmatinas Franciscanas”, ela chega ao Brasil no final da década de 70 para iniciar a sua missão da qual a primeira tarefa foi formar noviças para a Congregação.

Por ser impulsionada e inspirada por Deus e por possuir uma inquietação latente dentro de si, Irmã Agostina logo vai às “ruas”, sobretudo, em busca de encontrar e de ajudar os mais necessitados. Essa busca incessante a levou ao encontro dos moradores de uma comunidade carente ao lado do Autódromo de Interlagos, comunidade Jardim Autódromo.

Ali, na comunidade, transformou vidas, não só em relação a aspectos no âmbito religioso, mas, sobretudo, em termos de transformações sociais, impactando vidas, criando serviços relacionados às áreas de habitação, saneamento básico, educação, assistência social, dentre outros, impactando positivamente a vida dos moradores, propiciando melhores condições de vida e de ascensão social.

Teve uma vida intensa, de total entrega, de amor a todos ao seu redor, mas, sobretudo de amor aos pobres e mais necessitados, seguindo os passos de São Francisco de Assis e de Nosso Senhor Jesus Cristo.

Catequizou a muitos – com o seu exemplo, deu de comer e de beber a quem tinha fome e sede, deu abrigo àqueles que nada tinham, remédio a quem estava enfermo; curou muitas feridas – fossem essas físicas ou as da alma… Ela muito ensinou, mas os maiores ensinamentos foram a doação e o AMOR 

Fundadora do Centro Comunitário Jardim Autódromo, deixou um legado que perdura, que é perene, e que atualmente atende milhares de pessoas de todas as idades diariamente e gratuitamente, em diversas frentes, por meio das suas Unidades de Educação, Assistência Social e Projetos.

Ela nos deixou em julho de 2010, sob forte comoção não só na Comunidade do Jardim Autódromo como de toda Zona Sul e Cidade de São Paulo, recebendo no seu funeral milhares de pessoas, dentre elas figuras públicas e autoridades, tamanho era o reconhecimento do seu trabalho.